A ansiedade nas crianças é um tema que tem ganhado cada vez mais atenção nos últimos anos. À medida que o mundo se torna mais complexo e desafiante, muitas crianças enfrentam níveis significativos de ansiedade que podem afetar o seu desenvolvimento e bem-estar. Neste artigo, exploraremos em detalhe o que é a ansiedade infantil, os seus sintomas, causas e como os pais podem desempenhar um papel crucial no apoio às crianças que enfrentam este desafio.

 

 

ansiedade nas crianças
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O que é a ansiedade infantil?

 

A ansiedade infantil é um fenómeno intrínseco ao desenvolvimento emocional das crianças. Manifesta-se como uma resposta natural a diversas situações de stress e incerteza que fazem parte da vida de qualquer criança. Desde o primeiro dia de escola até eventos sociais, exames ou mudanças familiares, as crianças enfrentam uma série de desafios que podem desencadear sentimentos de ansiedade.

 

É importante realçar que a ansiedade, em quantidades moderadas, é uma experiência completamente normal e até mesmo saudável para as crianças, pois ajuda a desenvolver habilidades de enfrentamento e adaptação. No entanto, quando essa ansiedade se intensifica ao ponto de prejudicar significativamente o funcionamento diário da criança, interferindo nas atividades escolares, sociais e familiares, é geralmente indicador de um problema mais sério.

 

Os sintomas da ansiedade infantil podem variar de criança para criança e incluir preocupações excessivas, medos intensos, tensão muscular, dificuldade em relaxar, irritabilidade, insónia, entre outros. Identificar a diferença entre a ansiedade saudável e a ansiedade problemática é um desafio importante para pais, cuidadores e professores. Reconhecer os sinais de que a ansiedade está a causar sofrimento e a prejudicar a vida da criança é o primeiro passo para encontrar o apoio necessário, seja por meio de conversas abertas e compreensivas, orientação de profissionais de saúde mental especializados em crianças, ou terapias adequadas.

 

Em resumo, a ansiedade infantil faz parte do crescimento e desenvolvimento emocional das crianças, mas a sua intensidade e o impacto nas atividades diárias devem ser observados de perto para garantir que a criança recebe o apoio e os recursos necessários para enfrentar e ultrapassar esta experiência de uma forma saudável.

 

Sintomas de ansiedade infantil

 

 

Os sintomas da ansiedade infantil abrangem uma ampla gama de manifestações emocionais, comportamentais e físicas, e é fundamental estar atento aos sinais para identificar e abordar a ansiedade nas crianças de forma eficaz. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

 

Preocupações constantes: crianças ansiosas podem manifestar preocupações excessivas sobre uma variedade de situações, como o seu desempenho escolar, uma eventual separação dos pais, desastres imaginários, entre outros. Estas preocupações costumam ser difíceis de controlar e podem dominar os seus pensamentos.

 

Tensão muscular: a ansiedade manifesta-se frequentemente de forma física, e as crianças podem apresentar: tensão muscular, manifestada por aperto no peito, tremores, tiques nervosos ou outros sinais de desconforto físico.

 

Medos irracionais: muitas vezes, as crianças ansiosas desenvolvem medos que podem parecer incompreensíveis ou desproporcionais à situação, como o medo de lugares, animais, objetos específicos ou situações comuns.

 

Irritabilidade: a ansiedade pode tornar as crianças mais irritáveis e sensíveis emocionalmente e reagir com frustração, raiva ou lágrimas mais facilmente do que o habitual.

 

Problemas de sono: crianças ansiosas podem ter dificuldade em adormecer, pesadelos frequentes, acordar no meio da noite ou experienciar outros distúrbios do sono devido à preocupação constante.

 

Dificuldade de concentração: a ansiedade pode afetar a capacidade da criança de se concentrar nas atividades diárias, tanto na escola como em casa. Ao estarem mais distraídas e inquietas terão mais dificuldade em concluir tarefas.

 

Sintomas somáticos: algumas crianças com ansiedade podem relatar dores de estômago, dores de cabeça, náusea ou outros sintomas físicos sem uma causa médica aparente. Estes sintomas serão uma forma de expressão do desconforto emocional.

 

É importante lembrar que cada criança é única, e os sintomas de ansiedade podem variar de uma para outra. Além disso, a ansiedade infantil pode sobrepor-se a outros problemas emocionais ou de desenvolvimento, como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) ou o TEA (Transtorno do Espectro Autista), tornando o diagnóstico e tratamento mais complexos. Portanto, quando se suspeita de ansiedade numa criança, é aconselhável procurar a orientação de um profissional de saúde mental especializado em crianças para uma avaliação e apoio adequados.

 

Causas da ansiedade infantil

 

 

A ansiedade infantil é um fenómeno complexo e multifacetado, e as suas causas podem variar de uma criança para outra. Compreender as raízes da ansiedade infantil é crucial para oferecer o apoio necessário e ajudar a criança a lidar com os seus sentimentos. Aqui estão algumas das causas mais comuns da ansiedade infantil:

 

Fatores Genéticos: a predisposição genética desempenha um papel importante na ansiedade. Se houver um histórico familiar de transtornos de ansiedade, a criança terá uma maior probabilidade de desenvolver ansiedade.

 

Ambiente Familiar: um ambiente familiar stressante, com conflitos frequentes, abuso emocional ou negligência, pode contribuir para o desenvolvimento da ansiedade na criança. Ter modelos parentais ansiosos também podem influenciar.

 

Eventos Traumáticos: experiências traumáticas, como a perda de um ente querido, o divórcio dos pais, abuso, violência doméstica ou um acidente, podem desencadear ansiedade infantil. Traumas tendem a criar medos intensos e preocupações persistentes.

 

Pressões Escolares: as obrigações académicas e sociais da escola podem causar ansiedade na criança. O medo do fracasso, a pressão dos colegas e a adaptação a novos ambientes escolares são desafios comuns que podem gerar preocupações.

 

Mudanças na Rotina: mudanças significativas na vida da criança, como mudanças de casa, de escola, ou a chegada de um novo irmão, podem causar desconforto e ansiedade devido à incerteza e à necessidade de se adaptar a novas situações.

 

Expectativas Sociais: a criança pode sentir pressão para atender às expectativas sociais, seja em relação a aparência, comportamento ou desempenho, o que pode desencadear ansiedade.

 

Problemas de Saúde: condições médicas, como transtornos neurológicos, distúrbios hormonais ou problemas de saúde crónicos, também podem contribuir para a ansiedade infantil devido ao impacto físico e emocional que estas condições podem causar.

 

Excesso de Estímulo: a superexposição a estímulos digitais, como videojogos violentos ou redes sociais, pode contribuir para a ansiedade, desencadeando medos e preocupações relacionados ao conteúdo digital.

 

É importante notar que a ansiedade infantil não é causada por um único fator, mas sim por uma combinação de elementos. Além disso, as crianças podem reagir de maneira diferente às mesmas situações, devido à sua personalidade, idade e experiências individuais. Reconhecer e abordar as causas subjacentes da ansiedade infantil requer uma abordagem holística, que pode incluir terapia, apoio familiar e estratégias de enfrentamento para ajudar a criança a desenvolver habilidades para gerir os seus sentimentos e preocupações de forma saudável.

 

Impacto da ansiedade nas crianças

 

 

O impacto da ansiedade nas crianças é uma questão de grande relevância, pois pode-se estender por diferentes áreas das suas vidas, tanto no presente quanto no futuro. Quando a ansiedade não é tratada adequadamente, os seus efeitos podem ser significativos e prejudiciais. Estas são algumas das formas pelas quais a ansiedade pode afetar a vida das crianças:

 

Desempenho Académico: a ansiedade pode prejudicar o desempenho escolar das crianças. Ao ter dificuldade em concentrar-se, processar informações e lembrar-se de tarefas, pode levar a notas mais baixas e levar à frustração.

 

Relacionamentos Sociais: crianças ansiosas podem ter dificuldade em fazer e manter amizades. A ansiedade social pode tornar as interações sociais desconfortáveis, levando ao isolamento e à sensação de alienação.

 

Saúde Física: A ansiedade também pode ter um impacto físico nas crianças. Podem sofrer de problemas de sono, dores de cabeça, distúrbios gastrointestinais e outros sintomas somáticos devido ao stress crónico.

 

Baixa Autoestima: crianças ansiosas podem desenvolver uma baixa autoestima devido à constante preocupação e autocrítica. Pode afetar sua confiança e autoimagem e impactar negativamente a sua capacidade de enfrentar desafios.

 

Risco de Transtornos Mentais: a ansiedade infantil não tratada pode aumentar o risco de desenvolver transtornos de ansiedade ao longo da vida, como o transtorno de ansiedade generalizada, o transtorno do pânico ou transtorno de stress pós-traumático.

 

Prejuízo no Desenvolvimento Emocional: a ansiedade pode interferir no desenvolvimento emocional saudável das crianças, o que se traduz em dificuldade em regular as suas emoções, lidar com o stress e desenvolver habilidades de enfrentamento (ou coping)eficazes.

 

Impacto na Família: a ansiedade de uma criança também pode afetar a dinâmica familiar. Pais e cuidadores podem sentir-se sobrecarregados e preocupados com o bem-estar da criança, e criar tensão e stress adicionais em casa.

 

Prejuízo nas Oportunidades de Aprendizagem: crianças ansiosas tendem a evitar situações desafiado mas pode limitar suas oportunidades de aprendizagem e crescimento, e consequentemente prejudicar seu desenvolvimento pessoal e profissional a longo prazo.

 

É importante destacar que a ansiedade infantil é altamente tratável. Com intervenção adequada, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia de jogo, estratégias de relaxamento e apoio emocional, as crianças podem aprender a gerir a sua ansiedade de forma saudável. A deteção precoce e o apoio dos pais, educadores e profissionais de saúde mental são fundamentais para ajudar as crianças a ultrapassar os desafios da ansiedade e alcançar seu pleno potencial. Reconhecer e abordar a ansiedade infantil de forma eficaz é fundamental para o bem-estar presente e futuro das crianças.

 

Diferença entre ansiedade infantil e adulta

 

A diferença entre a ansiedade infantil e a ansiedade em adultos é fundamental para compreender e abordar eficazmente esse desafio emocional em diferentes faixas etárias. Enquanto os adultos frequentemente expressam sua ansiedade por meio de preocupações e pensamentos excessivos, as crianças tendem a manifestá-la de maneira mais física e comportamental. Por exemplo, uma criança ansiosa pode apresentar sintomas como inquietação, irritabilidade, choro frequente, recusa em ir à escola, pesadelos ou até mesmo queixas físicas, como dores de estômago ou de cabeça.

 

Além disso, as crianças muitas vezes não têm a capacidade verbal e cognitiva totalmente desenvolvida para comunicar os seus sentimentos e preocupações da mesma forma que os adultos. Portanto, é essencial que os pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos a esses sinais não verbais e comportamentais para identificar a ansiedade nas crianças.

 

Reconhecer as diferenças é o primeiro passo para fornecer o melhor apoio possível às crianças que enfrentam a ansiedade. Pode incluir estratégias de comunicação adaptadas à idade, como o uso de brincadeiras terapêuticas, desenhos ou jogos para ajudar as crianças a expressar os seus sentimentos. Além disso, procurar orientação de profissionais de saúde mental especializados em crianças e adolescentes pode ser fundamental para desenvolver um plano de tratamento adequado e promover o bem-estar emocional das crianças.

 

Em última análise, o reconhecimento e a compreensão das diferenças entre a ansiedade infantil e adulta são cruciais para garantir que as crianças recebam o apoio necessário para ultrapassar os seus desafios emocionais e desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis.

 

Diagnóstico da ansiedade em crianças

 

 

O diagnóstico da ansiedade em crianças é uma tarefa complexa e sensível, pois envolve a análise cuidadosa de uma série de fatores comportamentais, emocionais e contextuais. Identificar a ansiedade infantil é fundamental para garantir que a criança recebe o tratamento adequado e o apoio necessário para lidar com seus desafios emocionais. Abaixo seguem os principais passos envolvidos no diagnóstico de ansiedade em crianças:

 

Avaliação Clínica: O processo de diagnóstico geralmente começa com uma avaliação clínica realizada por um profissional de saúde mental, como um psicólogo, psiquiatra infantil ou terapeuta. Durante essa avaliação, o profissional conversa com a criança e os seus pais ou cuidadores para entender os sintomas, a história médica e o contexto familiar.

 

Observação Comportamental: o profissional observará o comportamento da criança em diferentes situações, procurando por indicadores de ansiedade, como inquietação, medos irracionais, choro frequente, dificuldades de concentração e outras manifestações emocionais e comportamentais.

 

Questionários e Entrevistas: além da observação direta, os profissionais podem usar questionários e entrevistas estruturadas para obter informações mais detalhadas sobre os sintomas da criança e sua gravidade. Os pais, cuidadores e até mesmo a criança podem ser solicitados a preencher esses questionários.

 

Exclusão de Outras Condições: Os sintomas de ansiedade infantil podem se sobrepor a outros transtornos ou problemas emocionais, como o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), o TEA (Transtorno do Espectro Autista) ou a depressão. O profissional de saúde mental deve descartar essas condições antes de fazer um diagnóstico de ansiedade.

 

Critérios Diagnósticos: o diagnóstico de ansiedade em crianças geralmente segue critérios estabelecidos em manuais de diagnóstico, como o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Para ser diagnosticada com um transtorno de ansiedade, a criança deve atender a critérios específicos de duração, intensidade e impacto nos aspectos da vida diária.

 

Colaboração com a Escola: muitas vezes, a escola desempenha um papel importante no diagnóstico, pois os professores podem observar o comportamento da criança em um ambiente escolar e fornecer informações valiosas sobre seu desempenho acadêmico e social.

 

Trabalho em Equipa: o diagnóstico da ansiedade infantil geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, com profissionais de saúde mental, médicos, professores e pais que trabalham juntos para compreender as necessidades da criança e desenvolver um plano de tratamento adequado.

 

É importante lembrar que o diagnóstico da ansiedade em crianças não deve ser feito precipitadamente, e a avaliação deve ser abrangente e cuidadosa. Uma vez que o diagnóstico é estabelecido, o próximo passo é desenvolver um plano de tratamento personalizado, que pode incluir terapia cognitivo-comportamental, terapia de jogo, medicação em casos graves e apoio emocional contínuo. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para ajudar as crianças a acalmar a ansiedade e a desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis para toda a vida.

 

Tratamento da ansiedade infantil

 

 

Existem várias opções de tratamento para a ansiedade nas crianças, incluindo terapia cognitivo-comportamental, medicação (em casos graves) e estratégias de gestão do stress. O tratamento adequado depende da gravidade e das necessidades individuais da criança.

 

O tratamento da ansiedade infantil é uma etapa crucial para ajudar as crianças a ultrapassar seus desafios emocionais e retomar uma vida saudável e feliz.

 

Felizmente, existe uma série de opções disponíveis, cada uma adaptada às necessidades específicas da criança. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é frequentemente considerada a abordagem de primeira linha no tratamento da ansiedade infantil.

 

Esta terapia centra-se em identificar e modificar os padrões de pensamento e comportamento que alimentam a ansiedade. Ela ensina às crianças estratégias para lidar com seus medos e preocupações de maneira mais saudável.

 

Papel dos pais no combate à ansiedade infantil

 

 

Os pais desempenham um papel fundamental na ajuda às crianças a lidar com a ansiedade. Vai envolver a criação de um ambiente de apoio, ouvir as preocupações da criança e procurar ajuda profissional quando necessário.

 

O papel dos pais no combate à ansiedade infantil é crucial, pois eles desempenham um papel fundamental no desenvolvimento emocional e na segurança das crianças. Aqui estão algumas dicas importantes pelas quais os pais podem ajudar seus filhos a lidar com a ansiedade:

 

Crie uma Rede de Apoio: um ambiente familiar seguro e de apoio é essencial para o bem-estar emocional das crianças. Isso inclui estabelecer rotinas consistentes, demonstrar amor e aceitação incondicional, e promover um espaço onde a criança se sinta à vontade para expressar seus sentimentos.

 

Comunique Abertamente: encoraje a comunicação aberta e honesta com seu filho. Mostre interesse genuíno por seus pensamentos e sentimentos, e esteja disponível para ouvir suas preocupações. Demonstrar empatia e compreensão ajuda a criança a se sentir compreendida e apoiada.

 

Eduque sobre a Ansiedade: explique à criança o que é a ansiedade e como ela pode afetar os sentimentos e comportamentos. Use uma linguagem adequada à idade e forneça informações claras para ajudar a criança a compreender o que está acontecendo.

 

Ensine Habilidades de Enfrentamento: ajude a criança a desenvolver habilidades de enfrentamento saudáveis para lidar com a ansiedade. Isso pode incluir estratégias de relaxamento, técnicas de respiração, exercícios de mindfulness e formas criativas de expressar emoções, como desenho ou escrita.

 

Evite o Julgamento e o Criticismo: evite julgar ou criticar a criança por suas preocupações ou medos. Em vez disso, valide seus sentimentos e mostre apoio. Lembre-se de que a ansiedade é uma experiência real e assustadora para a criança, e ela precisa do apoio dos pais para enfrentá-la.

 

Promova um Estilo de Vida Saudável: uma dieta equilibrada, sono adequado e exercícios regulares desempenham um papel importante na gestão da ansiedade. Certifique-se de que seu filho está a  cuidar de seu corpo, pois isso pode ajudar a reduzir os sintomas de ansiedade.

 

Procure Ajuda Profissional quando Necessário: se a ansiedade do seu filho persistir ou piorar, é fundamental encontrar ajuda profissional. Psicólogos, psiquiatras infantis e terapeutas especializados em crianças estão bem equipados para oferecer avaliação e tratamento adequados.

 

Seja um Modelo de Comportamento Saudável: as crianças aprendem muito com o exemplo dos pais. Portanto, procure ser um modelo de comportamento saudável em relação ao stress e à ansiedade. Demonstre como lida com os desafios de forma construtiva e equilibrada.

 

Colabore com a Escola: trabalhe em estreita colaboração com professores e outros profissionais da escola para apoiar a criança. Eles podem fornecer informações valiosas sobre o desempenho académico e comportamento da criança na escola.

 

Seja Paciente: lembre-se de que o processo de enfrentamento da ansiedade pode levar tempo. Seja paciente com seu filho e celebre suas pequenas vitórias ao longo do caminho.

 

Em resumo, os pais desempenham um papel fundamental no combate à ansiedade infantil, criando um ambiente de apoio, promovendo a comunicação aberta e incentivando o desenvolvimento de habilidades de enfrentamento. Ao estar presente e envolvido na vida emocional de seus filhos, os pais podem ajudá-los a superar a ansiedade e a desenvolver resiliência emocional para toda a vida.

 

Estratégias de prevenção

 

Prevenir a ansiedade nas crianças envolve a promoção de um ambiente saudável e a comunicação aberta. Ensinar habilidades de gestão do stress desde cedo pode fazer uma grande diferença.

 

A prevenção da ansiedade em crianças é uma abordagem importante para ajudar a construir uma base sólida de bem-estar emocional desde cedo. Aqui estão algumas estratégias de prevenção que os pais, cuidadores e educadores podem implementar:

 

Crie um Ambiente Seguro e de Apoio: um ambiente familiar e escolar seguro e acolhedor é fundamental para a prevenção da ansiedade. Isto inclui estabelecer relações afetuosas, previsíveis e seguras com a criança, onde ela se sinta à vontade para expressar os seus sentimentos.

 

Promova Comunicação Aberta: incentive a comunicação aberta desde tenra idade. Faça perguntas abertas que estimulem a criança a partilhar os seus pensamentos e preocupações. Esteja disposto a ouvir atentamente, sem julgamento.

 

Ensine Habilidades de Enfrentamento: ensine às crianças habilidades de gestão do stress e de enfrentamento desde cedo. Pode incluir técnicas de respiração, relaxamento, meditação ou atividades criativas para expressar emoções, como o desenho ou a escrita.

 

Estabeleça Rotinas Previsíveis: as crianças beneficiam de rotinas previsíveis e estruturadas, o que ria um senso de segurança e previsibilidade, o que pode ajudar a reduzir a ansiedade relacionada à incerteza.

 

Promova um Estilo de Vida Saudável: uma dieta equilibrada, sono adequado e atividade física regular desempenham um papel importante na prevenção da ansiedade.

 

Limite a Exposição a Estímulos Stressantes: reduza a exposição da criança a estímulos stressantes, como violência na TV ou discussões familiares acaloradas. Demasiado stress na vida da criança pode contribuir para a ansiedade.

 

Ensine a Lidar com a Falha: ensine que a falha faz parte da vida e que cometer erros é uma oportunidade para aprender. Incentive a criança a não se autocríticar e a ver os desafios como oportunidades para crescer.

 

Promova Habilidades Sociais: ensine habilidades sociais, como empatia, resolução de conflitos e comunicação eficaz. As crianças que têm dificuldade em relacionar-se com os outros podem ser mais propensas à ansiedade social.

 

Esteja Consciente dos Sinais de Ansiedade: esteja atento aos sinais precoces de ansiedade no seu filho, como preocupações excessivas, comportamentos de evitação ou mudanças no sono e no apetite. Identificar e abordar a ansiedade de forma precoce pode ser fundamental para a prevenção.

 

Modelo de Comportamento Saudável: os pais e cuidadores devem servir como modelos de comportamento saudável em relação ao stress e à ansiedade. Mostr-lhe como é capaz de lidar com os desafios de forma uma construtiva e equilibrada.

 

É importante lembrar que a ansiedade é uma emoção natural e que termos um pouco de ansiedade é até saudável. A meta não é eliminar completamente a ansiedade, mas sim ajudar as crianças a desenvolver habilidades para geri-la de forma eficaz. Ao criar um ambiente de apoio, promover a comunicação aberta e ensinar habilidades de enfrentamento, os pais e cuidadores podem contribuir para a prevenção da ansiedade infantil e promover o desenvolvimento de crianças emocionalmente saudáveis e resilientes.

 

Ansiedade nas crianças e a pandemia

 

A pandemia de COVID-19, que varreu o mundo de forma inesperada, deixou marcas profundas na saúde mental das crianças. O isolamento social, as restrições de atividades e a incerteza generalizada contribuíram para um aumento nos níveis de ansiedade entre os mais jovens.

Muitas crianças tiveram que se adaptar a uma nova rotina de aulas online, longe dos colegas e amigos, o que gerou um sentimento de solidão e desligamento social. Além disso, as notícias constantes sobre a pandemia e os seus efeitos podem ter deixado as crianças preocupadas com sua própria segurança e a de seus entes queridos.

No entanto, os pais desempenham um papel vital na mitigação destes impactos ao oferecer um ambiente seguro para que as crianças expressem seus medos e preocupações, estabelecer uma rotina estável e, sempre que possível, criar oportunidades para que seus filhos mantenham conexões sociais, mesmo que virtualmente.

 

É importante lembrar que, apesar dos desafios, a pandemia também pode ser uma oportunidade ou exemplo para ensinar às crianças habilidades de resiliência e adaptação que serão valiosas ao longo das suas vidas.

 

Conclusão

 

A ansiedade nas crianças é uma questão séria que merece atenção e apoio. Ao entender as suas causas, sintomas e opções de tratamento, os pais podem desempenhar um papel crucial na promoção do bem-estar emocional de seus filhos. Lembre-se de que a ansiedade infantil é tratável, e com o apoio certo, as crianças podem prosperar.

 

Perguntas Frequentes

 

Quais são os sinais de ansiedade em crianças pequenas?

Crianças pequenas podem manifestar ansiedade através de choro excessivo, clinginess (agarramento constante), pesadelos e recusa em separar-se dos pais.

 

A ansiedade infantil desaparece por si só?

Nem sempre. A ansiedade infantil pode persistir na adolescência e na idade adulta se não for tratada adequadamente.

 

Como posso ajudar meu filho a lidar com a ansiedade escolar?

Conversar com a criança sobre suas preocupações, estabelecer uma rotina consistente e envolver a escola podem ser passos úteis.

 

A terapia é a única opção de tratamento para a ansiedade infantil?

Não necessariamente. A terapia é uma opção comum, mas em casos graves, pode ser necessário o uso de medicação sob a supervisão de um médico.

 

Como posso saber se o meu filho precisa de ajuda profissional para a ansiedade?

Se a ansiedade do seu filho estiver interferindo nas atividades diárias, relacionamentos ou bem-estar, é aconselhável procurar a ajuda de um profissional de saúde mental.